Germà Negre apresenta seu novo álbum “Puja aquí dalt i dance”

O Grupo Irmão Negro lançou seu novo trabalho discográfico, intitulado Puja aquí dalt i danceum álbum que revisa e complementa o cancioneiro popular de tradição oral com oito músicas. Inspirado na famosa expressão carregada de astúcia e duplo sentido, o título simboliza a essência do grupo: uma combinação de humor, ironia e um profundo respeito pela cultura popular catalã.

Este novo álbum foi gravado em Estudos Fundamentais de Cornellà del Terri (Pla de l’Estany), sob direção sonora de Pau Vinyoles e com processo coletivo de autoprodução. O som permanece fiel à tradição musical, mas com um toque moderno que introduz texturas eletrônicas através de sintetizadores. O resultado é um álbum eclético que, sem perder as raízes tradicionais, explora diversos estilos musicais.

Germà Negre, conhecido por seu trabalho com o cancioneiro tradicional, transforma e adapta canções populares para contar histórias do passado que, no entanto, permanecem surpreendentemente válidas. Um exemplo claro é a peça “La cançó de les mudances”, clássico irlandês adaptado para a língua catalã com versos de Josep Maria de Sagarra. Esta metodologia criativa se repete na canção “El Baile del Japón”, que combina versos de JM Buscangrunes (Pompeu Gener) e Santiago Rusiñol com descobertas do mestre Jaume Arnella.

Suba aqui e dance inclui colaborações com músicos destacados da cultura catalã, como Quico el Célio, el Noi e el Mut de Ferreries em “Coll d’oca” ou Alba Careta, que traz a sua doce voz e trompete para a “Canção de mães”. Também participam os Pitxorines, grupo emergente de Maiorca, com a sua versão da popular peça “El marinero”.

O design do disco, criado por Carai Estudis, apresenta uma estética diferente da tradicional, fugindo dos elementos habituais da cultura popular para explorar novas linguagens visuais. Com a icónica imagem de um dedo médio levantado, coberto pela textura de uma bola de discoteca, Germà Negre quer mostrar que a tradição pode manifestar-se em estilos visuais mais contemporâneos, sem perder a sua essência.

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