O Castelo de Pubol (Baix Emporda) ha estreou a terceira e última temporada da exposição ‘O despertar do mito: Gala Dalí‘, que poderá ser vista até 6 de janeiro de 2025. É uma exposição dividida em três capítulos que fez uma resenha da personagem Gala a partir das roupas que ela vestia.
Nesta ocasião, o terceiro capítulo chama-se ‘Coleção Outono-Hiver’ e mostra oito conjuntos usados pela musa de Salvador Dalí. A maioria deles nunca foi exposta antes e mostra o caráter eclético e a abertura para experimentar sua imagem através da moda. A exposição faz parte de uma colaboração entre a Gala – Fundação Salvador Dalí e La Roca Village.
O projeto busca investigar a vida de Gala e o legado que a mulher deixou e reinterpretá-lo a partir das roupas que ela vestiu. A moda tornou-se uma linguagem criativa que Gala teve para expor sua imagem midiática, já que neste caso dependia apenas dela mesma e de seu julgamento. Ao contrário da pintura ou da fotografia, onde teve que recorrer a intermediários, Gala utilizou roupas para marcar a sua personagem.
Dessa forma, a musa de Dalí escolhe o papel que deseja desempenhar em cada momento com base nas roupas que veste e, dependendo do estilo ou da cor, marca um papel ou outro. Com o passar dos anos, seu personagem acrescenta nuances e se torna mais rico e complexo.
O nomadismo e a mudança marcam seu estilo de vida e também sua moda. Na verdade, a mulher continuava indo e voltando entre Paris, Cadaqués, Nova Iorque e Itália. E a cada parada ele acrescentava ao seu guarda-roupa novos conjuntos de designers locais que pintam uma imagem própria, eclética e aberta à mudança.
Na exposição do castelo de Púbol estão figurinos e cenários de Arthur Falkenstein, que foi o designer preferido do círculo artístico americano, ou de Howard Greer, a marca da época de ouro de Hollywood. Há também peças da Gucci ou Jean Couten e um casaco de Michael Goma para a Lanvin que mostra a moda boémia e hippie dos anos 70, que se enquadra no estilo de vida de Gala.