Nu Equipe de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados de Blanes (CEAB-CSIC), em colaboração com a Biosfera, a Universidade de Las Palmas de Gran Canaria (ULPGC) e o Instituto de Ciências Marinhas (ICM-CSIC), ha ha ha demonstrou a eficácia de uma técnica inovadora para Ajude a recuperação de florestas de Gorgonia. O estudo, Feito por três anos nas ilhas Medesvalidou cientificamente um método simples que envolve a poda dos ramos mortos para promover a regeneração dessas colônias de coral mole.
Os gorgonianos, considerados estruturar o habitat marinho, são essenciais para a biodiversidade subaquática, pois oferecem refúgio e áreas de criação para inúmeras espécies. No entanto, as populações de gorgonianos rasos estão em declínio devido a várias pressões humanas, como poluição, equipamentos de pesca abandonados e, especialmente, ondas de calor marinhas derivadas das mudanças climáticas.
Os cientistas aplicaram essa técnica em mais de 1.000 colônias de Paramuricea pregosa Gorgonia vermelha, uma espécie emblemática do Mediterrâneo. De acordo com o pesquisador principal do estudo, Eduard Serrano, essas colônias perderam aproximadamente 20% de seu tecido vivo devido ao calor extremo e outros impactos. “Os ramos mortos são rapidamente colonizados por algas e briozoários, impedindo a regeneração do tecido vivo e aumentando o risco de destacamento da Gorgonia”, diz Serrano.
A poda seletiva possibilitou dobrar a sobrevivência dessas “florestas” subaquáticas e acelerou o crescimento das colônias afetadas até 2,5 vezes mais rápidas em comparação com aquelas em que não esteve envolvido. Gerard Mas, pesquisador do CEAB-CSIC e co-autor do estudo, acrescenta que esse processo “reduz o peso das colônias e elimina espécies colonizadoras, facilitando sua recuperação e crescimento”.
Rafel Coma, também pesquisador da CEAB-CSIC, enfatiza que essa técnica é eficaz e não requer grandes investimentos ou tecnologia avançada. No entanto, ele alerta que, apesar do fato de que esses tipos de intervenções podem mitigar os danos e preservar a diversidade genética das populações de Gorgonia, elas não podem substituir ações mais amplas para reduzir as pressões humanas e combater as mudanças climáticas. Os autores do estudo, publicados na revista Biological Conservation, pedem medidas urgentes e coordenadas para preservar a biodiversidade marinha e restringir a degradação dos ecossistemas subaquáticos.